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Para Lutarmos, Precisamos de Saúde!

Para Lutarmos, Precisamos de Saúde!

Nós mulheres nos dedicamos a várias atividades em nossa rotina como trabalhar fora, tarefas de casa, criação dos filhos, deslocamento para o trabalho e tantas outras, mas frequentemente nos descuidamos da nossa própria saúde. É preciso ficarmos atentas à nossa rotina desgastante, à desigualdade social a qual estamos submetidas, aos nossos hábitos nocivos e mudar, aderindo aos hábitos saudáveis. Precisamos conhecer o nosso corpo, discutir valores sociais, tabus e questões que envolvem sexualidade e gênero. Com isso, poderemos inserir novos hábitos que farão grande diferença em nossas vidas. A saúde sexual aliada ao cuidado médico é essencial para homens e mulheres serem saudáveis física e emocionalmente.

A maioria de nós mulheres nos encontramos em situação de vulnerabilidade por ganharmos menos, por estarmos concentradas em profissões menos valorizadas, por termos menor acesso aos espaços de decisão no mundo político e econômico, por estarmos suscetíveis a violência doméstica, que poderá ser física, sexual, psicológica e econômica, além da negligência e abandono. Enfrentamos dupla e tripla jornada de trabalho. Motivos de sobra para nos cuidarmos!

Muitas de nós sabem pouco ou nada sobre a anatomia e o funcionamento do seu corpo. E conhecer o próprio corpo é fundamental para identificação dos pontos de prazer e exercício da sexualidade, em todas as idades. Nós mulheres temos vivências e experiências da sexualidade que vão mudando com o passar dos anos. Hoje não sou a mesma mulher de quando tinha vinte anos. Precisamos nos prevenir e alguns exames precisam estar em nosso calendário, como o Papanicolau. Esse exame permite o rastreio do câncer de colo de útero e deve ser feito a partir dos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram atividade sexual, o que é recomendado pelo Ministério da Saúde.

É essencial nos protegermos das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal), sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. Consultar um ginecologista deve estar na nossa rotina, pois a nossa saúde deve ser valorizada e isso deve começar por cada uma de nós .

Além das múltiplas tarefas, também temos múltiplos cuidados. Corpo são, mente sã. É preciso cuidar da mente! Precisamos nos inundar com amor próprio, cuidar da nossa autoestima e nos atentar para sintomas psíquicos iniciais e buscar acolhimento de saúde imediato, pois essa prevenção poderá ser decisiva para que haja abordagem oportuna pelos profissionais competentes. Além dos sintomas de depressão, outros transtornos mentais necessitam de atenção e cuidado, como os de ansiedade, insônia, estresse e transtornos alimentares. Fatores psicossociais e ambientais estão relacionados à incidência dessas doenças, assim precisamos procurar os profissionais da saúde.

Precisamos nos cuidar e mudar a realidade! Precisamos nos envolver mais na política para efetivamente nos representarmos e lutarmos pelo nosso bem-estar. Ter políticas voltadas para a saúde da mulher é imprescindível e para isso precisamos aumentar a nossa representatividade no legislativo, permitindo que mulheres possam opinar nas leis as quais serão subordinadas. A base para essa luta é nos cuidarmos, procurarmos ajuda profissional e seguirmos as orientações médicas. Prevenir é sempre o melhor remédio, assim já dizia a minha avó. 

Mulheres, cuidem-se! Empoderem-se! 

Créditos das Imagens:
https://www.nossasaude.com.br
Assembleia Legislativa do Tocantins

 

Juliana Normand
Juliana Normand

Advogada há 13 anos, com atuação em áreas como família e criminal, se dedicou a atuar em favor das vítimas de violência doméstica.

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